Quase 129 anos após a abolição da escravatura, o mercado de trabalho brasileiro ainda é marcado na cor do preconceito. A segregação no ambiente profissional persiste, revelando que estamos retirado de ter um povo parecido. Essa distinção, velada, oferece-se em maneira de remunerações menores e de cargos sem status de liderança pra população negra. Uma pequena demonstração da manutenção dessas barreiras étnicas no ambiente profissional é o baixo índice de negros no comando das grandes companhias do país.
Apesar de 55% da população brasileira ser afrodescendente, no quadro de executivos das 500 maiores instituições do Brasil, só 4,7% é ocupado por esse público, segundo procura realizada pelo Instituto Ethos, organização que estimula negócios socialmente sustentáveis. O abismo racial também fica evidente ao explorar os detalhes salariais. O caso é ainda pior pra mulher afrodescendente. Os vencimentos dela chegam a retratar só 50% do que recebe o homem branco. “A discrepância tem se reduzido ao longo dos anos. Em 2003, o salário desta mulher era apenas 38% do que a renda do homem branco.
Mas podemos manifestar que os desafios continuam”, explica a diretora de Estudos e Pesquisas do IJSN, Ana Carolina Giuberti. O problema desperta a atenção das autoridades. No Espírito Santo, entre janeiro de 2016 a abril nesse ano, o Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu oitenta e sete denúncias de distinção envolvendo questões raciais, de gênero, orientação sexual, entre outros casos.
As queixas resultaram em trinta e cinco inquéritos civis, duas ações civis públicas e um termo de ajustamento de conduta foi fechado. Para combater ocorrências como essas, principalmente a racial, a Coordigualdade, grupo do MPT nacional que atua pra diminuir a diferenciação no trabalho, tem usado mecanismos para avaliar os salários e os cargos disponibilizados aos negros dentro das corporações.
“Se na comunidade temos quase 60% de população negra, o justo seria ter o mesmo percentual de negros nas empresas”, explica o coordenador nacional do Coordigualdade, o procurador do Trabalho Sandoval Alves da Silva. A alteração deste retrato, na visão dele, depende da construção de políticas públicas. “O país têm um débito histórico com o negro. A integrante do Coletivo Negrada, Eliane Quintiliano Nascimento, assim como defende a inevitabilidade de medidas que visem o encerramento do racismo.
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Para o trabalhador negro, abrir caminhos profissionais requer um esforço além do que é exigido do branco. A consultora de negócios Dâmaris Lorenzoni diz não ter sofrido, no ambiente de serviço, preconceito. O pai dela a preparou desde a infância pra ser única. “Eu estudei inglês e programação de pcs no momento em que era moça, numa época que só adultos faziam esses cursos.
Meu pai não me deixava ociosa nas férias. Eu a todo o momento fazia alguma qualificação. Dâmaris fez escola, mestrado e doutorado fora do estado. Ela foi a primeira mulher e negra a preencher um cargo de engenheira na antiga Aracruz Celulose, hoje Fibria, e assumiu uma atividade de pesquisadora numa empresa dos Estados unidos.